
A representante da Rede de Terreiro e Saúde da Paraíba, Ya Lúcia de Oliveira, participou da audiência e falou da importância da legalização dos terreiros e da constante luta contra a intolerância. “Sofremos todos os tipos de preconceitos. Mas nós temos a lei ao nosso favor e temos a obrigação de utilizar nossos direitos e lutar até as últimas consequências para conquistar a nossa dignidade perante a sociedade” disse Ya Lúcia. A mãe de santo paraibana já sentiu várias vezes na pele o gosto amargo do preconceito e acionou a justiça em alguns casos. “Não quero ter benefícios financeiros caso ganhe esses processos. A minha intenção é mostrar que sou uma cidadã e posso e exercer a liberdade religiosa, que é um direito de todo cidadão brasileiro” concluiu ela.
Também esteve presente o carioca José Marmo, representante da Rede de Terreiro e Saúde do Rio de Janeiro, que orientou os participantes sobre a importância de se criar políticas públicas, campanhas educativas, material informativo, realizar oficinas e palestras que esclareçam e atinjam as diversas áreas da sociedade sobre a questão do racismo e da intolerância sofrida pelas religiões afro e indígena. “Precisamos passar para a população em geral as informações sobre as nossas crenças e nossos cultos. Só conhecendo nossa realidade, a sociedade poderá nos entender e nos respeitar” disse José Marmo.
O presidente da Funcarte, jornalista Rodrigues Neto, disse que “foi uma honra a Fundação Capitania das Artes receber um evento tão importante, que busca criar políticas efetivas para capacitar os templos afro no tocante aos seus direitos, bem como buscar o respeito que os pais e as mães de santo e seus seguidores merecem”
A solenidade foi encerrada a entrega de diplomas aos mais antigos pais e mães de santo de Natal, pelo reconhecimento aos serviços prestados à comunidade.






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